leva-me daqui, tu que passas tão assustadoramente rápido, para que pelo menos outras caras passem a ser conhecidas, para que o meu espaço se alargue a uma liberdade de movimentos e de ser que nunca antes tive.
corre, se é o que tens a fazer, desde que daqui me leves para onde a rotina não existe, para onde a variedade de rostos e almas me deixe respirar e conhecer outros eus.
arrasta-me, ao teu ritmo vertiginoso, para onde não
me julguem pelo que sou, para onde me aceitem mesmo que não vista ou seja do mais in do momento.
me julguem pelo que sou, para onde me aceitem mesmo que não vista ou seja do mais in do momento.não páres, se esse é o teu papel, e assim terei coragem para enfrentar novos mundos e pessoas, esquecendo aquelas que nunca deveriam ter passado pela minha vida. Outras virão, certamente melhores que essas desilusões destruidoras da minha antiga ingenuidade e inocência feliz.
se o teu papel é de facto removeres de mim a inocência, então fá-lo de uma vez, porque de nada me serve se estou rodeada de maldade e conflitos e falsos amigos.
leva-me, porque quero deixar este local que já me cansa, as pessoas que já não me interessam e nada têm de novo ou de bom para dar - salvo raras excepções, pois sei quem me marcou e marcará para onde quer que vá.
se o que tens para dar são tempestades, se só me trarás intempéries, então que seja... porque é assim que dou o melhor de mim, é assim que poderei acreditar finalmente no que sou e no que posso vir a ser.
se de facto não voltas atrás, nem a tua velocidade abranda, deixa-te fluir. Envolve-me nos teus ventos de mudança, porque esses são sempre bons: com eles virá gente diferente e menos previsível, novas experiências e mais oportunidades de ser eu mesma.
Eu própria empurrarei as tuas engrenagens, se só com mudança posso ser feliz!
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