8 de julho de 2008

Anjo no céu

Numa deambulação por esta Terra, levanto a cabeça e fecho os olhos, porque um anjo subiu aos céus. Pois se és um anjo, deve ser aí que pertences… tem de ser esse o lugar onde encontrarás o caminho da felicidade, a estrada do descanso eterno. Uma dura luta foi travada, e agora apenas restam aqui cinzas… cinzas do que foi, restos de um passado nem sempre feliz.

Acredito plenamente na tua felicidade “aí”, onde quer que estejas. Cada qual acredita no que quiser, e eu acredito numa coisa: vale a pena teres aqui estado, pelo que me ensinaste, mesmo sem querer, e pelo que nos deste em tempos. O que nos tiraste? Talvez uma parte de nós, um pedaço vital do nosso ser, uma gentil brisa que só tu poderias ter sido em vida.

E o ar que nos resta tem de ser suficiente, e as imagens do que eras em menino e adolescente têm de se sobrepor à dor. Nunca esquecerei as memórias de quando víamos o Rei Leão, eu ainda pequena, tu já uma promessa de grande futuro, rindo a bandeiras despregadas da dupla mais imprevisivelmente perfeita e deliciosa dos filmes da Disney. Há tantos anos atrás, comigo, conseguias ser sempre um miúdo nestas brincadeiras… e são essas alturas que me ficam, sinceramente, porque o resto, nos últimos anos, não eras tu, mas sim aquela coisa horrível que tomou conta de ti.

O que eras tu, não é tão fácil de explicar. Eras e sempre serás algo maior do que eu alguma vez poderei ser, alguém tão mais risonho, extrovertido e amável que não consigo compreender. É também isso que quero aprender contigo, para cravar estas imagens no meu ser e ter-te como guia durante a minha vida, como uma luz insistente que nunca deixarei de seguir.

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito bonito Inês. Só mostra a pessoa fantastica que és!

Adoro-te e podes contar comigo para TUDO.

BEIJO QUERIDA!

Stella