Acabei de ler este fascinante romance histórico, que reflecte sobre percurso de vida escolhido por cada um, numa época de inevitável mudança, no entanto sufocada por um regime retrógrado e inconsciente da importância da liberdade.
Dois irmãos que nascem em Portugal amam-se profundamente, acabando afinal por seguir caminhos opostos, por acreditar em valores antagónicos.
Por um lado, um vive para a terra onde nasceu e aprendeu a amar as tradições, sobrepondo à liberdade a ordem e disciplina. Já outro nasce com uma inquietação constante que o leva a querer mudar tudo à sua volta, trocando pela sua pátria a terra onde encontrou o conforto da liberdade - o ar que respira.
No fundo, cada um destes irmãos procura, à sua maneira, um caminho para a felicidade, segundo os seus valores e prioridades. No fundo, nenhum deles é perfeito e nenhum deles pode ser julgado pela procura do seu horizonte, nem sempre com as melhores escolhas pelo caminho. Pode apenas dizer-se que, por terem lutado por aquilo em que acreditavam, sem se acomodarem ao conforto da sua classe social, puderam alcançar uma felicidade tranquila e genuína.
Penso que não importa saber porque duas pessoas com a mesma educação nascem com ideais tão diferentes. E será útil tentar encontrar razões para a existência de pessoas à nossa volta que são tão diferentes de nós na forma como pensam? Sim, por vezes, certos pontos de vista são para alguns inaceitáveis e para outros um ideal de vida.
Mas não será mais importante que cada um defenda aquilo a que dá mais valor - seja o amor, o trabalho, a família ou uma ideologia -, sem se afundar no desânimo nem deixar de aprender para alcançar os seus sonhos?
Quanto àqueles que, por motivos inexplicáveis, optam por fechar os olhos à sua própria humanidade e reprimir os que pensam de uma forma diferente, só posso concluir que estão irremediavelmente desligados do tempo e espaço em que vivem.
Vamos deixar voar aqueles que querem o céu?
Dois irmãos que nascem em Portugal amam-se profundamente, acabando afinal por seguir caminhos opostos, por acreditar em valores antagónicos.
Por um lado, um vive para a terra onde nasceu e aprendeu a amar as tradições, sobrepondo à liberdade a ordem e disciplina. Já outro nasce com uma inquietação constante que o leva a querer mudar tudo à sua volta, trocando pela sua pátria a terra onde encontrou o conforto da liberdade - o ar que respira.
No fundo, cada um destes irmãos procura, à sua maneira, um caminho para a felicidade, segundo os seus valores e prioridades. No fundo, nenhum deles é perfeito e nenhum deles pode ser julgado pela procura do seu horizonte, nem sempre com as melhores escolhas pelo caminho. Pode apenas dizer-se que, por terem lutado por aquilo em que acreditavam, sem se acomodarem ao conforto da sua classe social, puderam alcançar uma felicidade tranquila e genuína.
Penso que não importa saber porque duas pessoas com a mesma educação nascem com ideais tão diferentes. E será útil tentar encontrar razões para a existência de pessoas à nossa volta que são tão diferentes de nós na forma como pensam? Sim, por vezes, certos pontos de vista são para alguns inaceitáveis e para outros um ideal de vida.
Mas não será mais importante que cada um defenda aquilo a que dá mais valor - seja o amor, o trabalho, a família ou uma ideologia -, sem se afundar no desânimo nem deixar de aprender para alcançar os seus sonhos?
Quanto àqueles que, por motivos inexplicáveis, optam por fechar os olhos à sua própria humanidade e reprimir os que pensam de uma forma diferente, só posso concluir que estão irremediavelmente desligados do tempo e espaço em que vivem.
Vamos deixar voar aqueles que querem o céu?
6 comentários:
leste o que o vasco pulido valente escreveu no publico um dia destes? ele desancou à grande esse livro, e lá justificou. eu li o artigo dele, era enorme, e realmente fiquei convencida que esse era um péssimo livro. bjs. tenho que dar o beneficio da duvida e ler esse. mas primeiro estou no memorial do convento.
pois, eu sei o que o VPV disse e parece-me q ele é um bocadito invejoso, visto q o MSTavares escreve maravilhosamente e já tem dois best-sellers... para além de que cria um romance ao mesmo tempo que relata com grande rigor a história de portugal, o que não é fácil - veja-se o próprio memorial do convento!
força com o memorial, já ultrapassei esse esforço!! xD
bjinho*
Não duvidando das capacidades do nosso amigo MST, tenho que argumentar que não considero que oº de vendas seja um indicador de qualdiade.
Dito isto, não apreciei o Equador, nem li o Rio das Flores, talvez leia mas, por enquanto tenho que despachar o Pura Anarquia
ya, já todos conhecemos o mais que batido "quantidade não significa qualidade". Para além de que, não acho que seja inveja, o vasco escreveu aquele artigo enormérrico, e não se basear apenas em inveja, acho que é mesmo uma crítica. para além de que ele próprio no final do artigo disse mesmo: sou capaz de falar sobre a escrita e o trabalho de miguel sousa tavares, mas nao o farei sobre a sua pessoa nem sobre mim. ou seja, o que está em questão é mesmo o trabalho de escrita e deixemo-nos de mesquinhices sobre invejas. beijos
Ambos os seus livros estão muito bem escritos e lêem-se muito bem, porque ele imprime à sua escrita um ritmo enérgico.
Lá porque o artigo era enorme, não quer dizer que a crítica tivesse substância. A crítica baseava-se sobretudo na falta de rigor de alguns dados históricos, mas um romance histórico não é um livro de história: ao romance histórico é permitida uma certa liberdade histórica.
hum, acho que sim! vosse leitor exigente tem razao, em relaçao à extensidade da critica claro, ate me contradis-se, porque quantidade nao significa qualidade. dou a razao ao leitor exigente. e à ines que gerou a discussao. beijinhus
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