A ti, coisa estranha e muitas vezes incompreensível, te desprezo.
De ti, fonte de tormento e dor, nada quero e nada espero a não ser que te vás.
De ti, antro de frustações e raiva reprimida, sonho livrar-me em breve e gritar ao céu e à terra quem sou.
Em ti penso, porque o teu acordar é a minha agonia, e a tua vida, o que consome a minha.
De ti, e das amarras com que me prendes e isolas do mundo, espero libertar-me e por isso luto, dia após dia.
A tua mostruosidade, que se coloca diante de mim como um muro entre o meu espírito e os outros, será qualquer dia a simples memória de um pesadelo.
Sem ti encontrarei, com toda a certeza, a felicidade de conseguir amar-me, e de expressar o que sou, na totalidade, a quem amo.
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