12 de março de 2008

Assim sou...


Agora, posso mudar o rumo da minha vida, e só eu tenho o poder decidir pela minha própria felicidade.
Agora, devo dizer o que quero, fazer tudo por uma existência mais completa.
Agora, eu, por mim, não devo esperar que os problemas se resolvam por si mesmos ou sejam os outros a tomar a iniciativa.

Lentamente, num caminho que antes não tinha coragem de seguir, é isso que tenho feito. O caminho que levava teria certamente como fim uma solidão angustiante.

E assim, os meus pés levam-me agora a outros locais, de luz, de honestidade para comigo. Faço-o por mim, sobretudo, porque a consciência do ridículo de ser como era me levou a agir, a decidir ser feliz...

ser feliz... com o que sou, e não com o que seria ideal -- para quê ficar presa a um ideal, a uma utopia inatingível de perfeição do ser?

Assim sou, e mudo apenas aquilo que me prejudica e apenas me atrapalha nesta caminhada. A metamorfose, decorrendo por necessidade e obrigação, é dolorosa, com alguns tropeções. As metas que surgem vão sendo cada vez mais difíceis de conquistar.


Passada esta meta, senti-me como nunca antes. É indescritível a sensação de ter feito algo que anteriormente me atormentaria ao ponto de me esconder num casulo só meu. Isto, tão insignificante à superfície, foi para mim um progresso em direcção a um sonho de estar tranquila comigo mesma, esse sonho que temia nunca superar.


Por isso foi tão fantástico senti-lo.
Por isso estou um pouco mais feliz com esta estranha pessoa que me calhou ser.
Assim sou.

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