30 de setembro de 2008
finding (n)everland?
farta de futilidades, falsidades e conflitos, cansada de desilusões, sentimentos inúteis e decepções com aqueles de quem mais gosto, apenas me agarro à bondade dos que ficam, à simpatia de quem encontro, às novas caras e conversas que iluminam novamente os meus dias.
e porque tudo isto tem sido um palco de desilusões mas também de esperanças, sigo assim, um pouco à deriva, um tanto ou quanto ao sabor do vento, esperando que à inconsciência e insensibilidade de alguns se sobreponha a beleza de espírito de outros que conhecerei...
7 de setembro de 2008
Get real... or die trying
Algo tem de mudar, ou alguém tem de mudar, pois o mundo não mudará por mim nem por ninguém.
O facto é que as pessoas nos desiludem, e mesmo que queiramos gritar-lhes que fizeram merda, mesmo que queiramos fazê-las abrir os olhos de uma vez por todas, por vezes já não vale a pena lutar por que mudem.
Já desisti de aguentar os erros contínuos de quem não aprende, de quem persiste na procura da perfeição sem dar valor ao que tem de real. Quem não abraça o que a vida lhe oferece não merece nada disso.
Quem trata as pessoas como objectos e meios para um fim que o próprio desconhece, sem sequer assumir o que faz, não merece um pingo de preocupação, de paciência, de amizade.
Se tu não mudas, nem lutas por uma amizade pela qual eu já fiz demasiado e me esforcei em vão, então também eu desisto. Desisto de viver na ilusão de que encares a realidade e assumas...o que ése o que fazes.
2 de setembro de 2008
liberation
24 de agosto de 2008
Sometimes you have to walk away
graças a quem for, não estarei aqui por agora, e estes pensamentos inúteis possivelmente não me deixarão tão em baixo, tão mais confusa do que se não pensasse... depois de poucos dias de descanso e alguma paz, espero estar mais segura do que sinto, mais certa do que farei ou não para resolver este impasse.
22 de agosto de 2008
rollercoaster
A tua inércia, a minha irritação e tormento.
A tua insensibilidade, a minha dor.
A tua incapacidade de assumir, a minha incapacidade de o entender.
A tua infantilidade, a minha impaciência.
A tua ausência, o meu desconforto permanente.
E talvez nem a tua presença me dê paz…
Talvez ela nunca tenha sido sinónimo de paz para mim...
E só agora acordo para essa realidade que sempre quis negar.
13 de julho de 2008
stop this train
8 de julho de 2008
Anjo no céu
Acredito plenamente na tua felicidade “aí”, onde quer que estejas. Cada qual acredita no que quiser, e eu acredito numa coisa: vale a pena teres aqui estado, pelo que me ensinaste, mesmo sem querer, e pelo que nos deste em tempos. O que nos tiraste? Talvez uma parte de nós, um pedaço vital do nosso ser, uma gentil brisa que só tu poderias ter sido em vida.
E o ar que nos resta tem de ser suficiente, e as imagens do que eras em menino e adolescente têm de se sobrepor à dor. Nunca esquecerei as memórias de quando víamos o Rei Leão, eu ainda pequena, tu já uma promessa de grande futuro, rindo a bandeiras despregadas da dupla mais imprevisivelmente perfeita e deliciosa dos filmes da Disney. Há tantos anos atrás, comigo, conseguias ser sempre um miúdo nestas brincadeiras… e são essas alturas que me ficam, sinceramente, porque o resto, nos últimos anos, não eras tu, mas sim aquela coisa horrível que tomou conta de ti.
O que eras tu, não é tão fácil de explicar. Eras e sempre serás algo maior do que eu alguma vez poderei ser, alguém tão mais risonho, extrovertido e amável que não consigo compreender. É também isso que quero aprender contigo, para cravar estas imagens no meu ser e ter-te como guia durante a minha vida, como uma luz insistente que nunca deixarei de seguir.
10 de junho de 2008
how to lose your mind in 18 years
Vejo-me à deriva, em águas lentas e mortíferas - e nunca procurei chegar a terra… agora percebo de que nada fiz para me salvar da negatividade que tanto me atraiu.
Ah, que areias movediças foram estas para onde me atirei de bom grado?, e agora só desejo que alguém me salve da estupidez de vida em que me enfiei…
Como pude deixar-me levar sempre pelo que os outros querem, como pude ignorar sempre as minhas necessidades apenas para me proteger de um monstro inexistente? E agora, que faço quando já nenhuma possibilidade luta me resta, quando parece que o ciclo da felicidade se fechou para mim há muito tempo?
De que me servem os meus sonhos se esta cabeça desregulada não me deixa cumpri-los? Serão uma espécie de objecto de tortura, alguma brincadeira sádica da minha própria mente? Se assim é, seria preferível nem sonhar, para que o fosso entre o desejo e a dura realidade não fosse tão cruel…
29 de maio de 2008
Somebody worth writing for...
Sorri, convive, brinca. Tudo parece fácil, quando os amigos nos protegem daquilo que tememos.
Mas um simples olhar, para ela, é multiplicado por mil, e por vezes tem muito menos significado, é muito menos profundo do que ela vê. Porquê? Ela nunca soubera responder a isso, nunca entendera a razão para tal ansiedade face a um simples e efémero olhar.
Enfim, os seus olhos vêem, por vezes, o que não devem, ou até o que não existe. Olhos complicados, estes. Ela sente coisas que os outros não transmitem, sentimentos inexistentes.
Qualquer coisa entre o cérebro e a alma se desliga, uma ligação entre pensamentos e acções é quebrada, e por vezes uns não coincidem com os outros, numa incoerência de ser.
Esta imperfeição já não tem graça, porque existem imperfeições deliciosas, mas ela precisa de outras para além das dela. Se é que alguma vez foi fácil conviver com a pessoa non-sense que nela habita, agora pouco de si ainda faz sentido.
God, bring me somebody complicated, besides me...
17 de maio de 2008
Sonho de um amanhã
Não pertenço aqui, e talvez nunca tenha pertencido, talvez os momentos em que me senti parte integrante deste local foram apenas fruto da minha ingénua imaginação. Partilho com outras pessoas o nervosismo pela revolução que se vai dar nas nossas vidas, mas também a felicidade de ver, cada vez mais próximo, o fim das falsidades ridículas, dos conflitos fúteis, da infantilidade cruel de tantos a quem falo por obrigação.
4 de maio de 2008
take this broken wings and learn to fly
16 de abril de 2008
Só mais um dia mau
Não quero a dor da realidade, não quero descobrir mais maldade no mundo. Só quero ficar aqui, dentro desta bolha que me protege do frio de me magoarem e que me permite sonhar ininterruptamente. Deixa-me ficar aqui, porque não quero mais conflitos, mais dor, mais nada.
E se o passado se apagasse de mim, levando com ele todos os meus medos?
E se o receio do futuro e do próprio presente me abandonasse, sem que eu desse conta, numa destas manhãs, ao acordar?
Ahhh... chega de “ses”. É só mais um dia mau.
descansar de mim
medo de ser e de sentir, medo de não sentir o suficiente, medo de recear por temer o que não deveria ser assustador,
contradições de quem pensa demais e muito pouco consegue transmitir,
lamentações de quem muito chora por dentro ainda que use o riso como disfarce,
devaneios sobre tudo e nada,
...como se tudo fosse pensável, como se tudo merecesse a minha atenção e cuidado... que se lixem todos estes pensamentos inúteis!
às vezes fico simplesmente farta de levar a vida desta forma tão séria...
só sinto o pesar dos meus pensamentos e preocupações sobre os meus ombros...
e só peço a esta consciência (ou o que lhe quiserem chamar) que me dê algum descanso, apenas uns momentos de paz comigo mesma e com o que sou...
1 de abril de 2008
these silly automatic feelings
Inundando a minha mente de águas passadas e reminiscências de utopias
afogando-me em sonhos absurdos e imagens mentais inverosímeis
instalando em mim o entusiasmo por existires, pelo teu simples olhar e fugaz presença
abalando os meus alicerces teatrais de segurança fingida e altivez estudada
fazendo tremer o meu corpo e alterando a minha voz até ao ridículo da histeria
provocando este atrofio e confusão hormonal de sensações efémeras e infundadas
causando um turbilhão de sinestesia e paixão sem razão, por alguém que nem bem conheço mas que nunca me foi indiferente... porquê ??
31 de março de 2008
De ti serei livre (?)
22 de março de 2008
Gritos mudos
17 de março de 2008
¿ Eu ?
nas horas solitárias de pensamentos inquietos e absurdos, sou outra.
por vezes, mais almas interferem nesta relação porque, como um dia concluí de uma conversa com uma amiga, parece que todos somos constituídos por várias pessoas que co-habitam num só corpo. e se duas já levantam problemas de cooperação e existência mútua, que havemos de fazer quando outros se erguem do inconsciente para interferir no pensamento e no ser?
12 de março de 2008
Assim sou...
Agora, eu, por mim, não devo esperar que os problemas se resolvam por si mesmos ou sejam os outros a tomar a iniciativa.
10 de março de 2008
pequenez
Ainda tenho o mar. Esse, já um tanto ou quanto danificado por mãos humanas, resiste ainda, belo, altivo e infinito aos meus olhos.
E sim, por vezes apenas me basta saber que os tenho, que os posso contemplar e guardar para mim na memória ou numa fotografia. Tenho ainda, ao vê-los, uma hipótese de fuga a tudo o que é maldade, ambição, obsessão, a todas as falhas humanas.
O céu e o mar nada têm disto, porque nada disso é necessário. Nenhuma destas coisas é benéfica, pelo menos para mim e para outros que (ainda) não se alimentam e vivem destes males, destas coisas pequenas e insignificantemente humanas.
E por isso refugio-me, encontro-me, completa e mortal, no céu e no mar. Mesmo sem os tocar, apercebo-me e aprecio a minha própria pequenez, a Nossa pequenez de alma, que de nada vale face às forças da Natureza.
7 de março de 2008
Estilhaço do que fomos
(Quando?)
Independentemente das consequências do que farei, já nada tenho a perder. Tudo o que me resta é agarrar-me a esse fragmento de uma relação sufocada.
(Como?)
Quanto a esse estilhaço, por diminuto que seja, é para mim suficiente. Antes, nada era suficiente, e a presença corpórea era uma obsessão; agora, ela é insignificante, e apenas a compreensão mútua me permitirá lembrar com carinho o que fomos. Recuso-me a lembrar algo tão inesquecível com mágoa, tristeza, inquietação!
Não sei quando, como, com que coragem vou expressar por palavras o que tenho sentido, porque raramente o faço. Aliás, nunca o faço, se as nódoas negras que me deixam são profundas. No entanto, a facilidade que tenho de escondê-las dos outros é incomparável à dor da sua impregnação na minha pele, no meu ser.
E por isso vou obrigar-me -- de que maneira não sei, nem sei com que força -- a falar disto, a expressá-lo.
(Sim, sei que existimos. Algures, ainda existimos...)
1 de março de 2008
Hey, stranger : )
De vez em quando, nas alturas em que nem eu nem tu estávamos embrenhadas no nosso quotidiano estável, quebrávamos essa rotina estando só nós duas, no nosso mundo. Quando assim era, eu sabia que estava na minha pele. O que eu dizia tinha importância, o que eu fazia não seria de forma nenhuma julgado ou ignorado. Naquele mundo, apercebíamo-nos de que só nós tínhamos aquela linguagem, aquelas piadas, aquelas confissões. E isso era tudo o que precisávamos.
Tu eras (és?), provavelmente, aquela que melhor compreendia o meu ser, aquela que falava comigo como se eu não tivesse defeitos, como se eu não fosse a pessoa complicada e estranha que realmente sou. Para mim, eras sem dúvida - e ainda o és, porque o que és não é mutável - a pessoa mais carinhosa, mais compreensiva, mais generosa que tive oportunidade de conhecer.
E, apesar da tua imensa generosidade, do teu contante abdicar de ti pelos outros que eu tanto admiro, de vez em quando também te ias mesmo abaixo. Nessas alturas, eu não sabia de ti - como não sei agora -, mas a tua ausência nunca foi completa. Sempre te senti comigo, como neste momento sinto, e quando voltavas a tua presença em corpo era reconfortante, era saber que ti eu ainda existia e que, para mim, ainda eras mais que uma memória inesquecível.
Aqui estou, numa dessas alturas em que não sei de ti, se estás bem ou mal, se precisas de mim ou nem por isso. Mantêm-me presa a ti as memórias de todos os momentos inesquecíveis, indescritíveis que passámos juntas, e aquilo que me escreveste há umas semanas: com isso, senti um novo ânimo, ganhei segurança com as tuas palavras, o aconchego de saber que ainda aí estás.
Mas como estás, realmente, amiga?
28 de fevereiro de 2008
A guitarra provoca gestos íntimos e cria amizades, tudo isto como poucos momentos o conseguem.
27 de fevereiro de 2008
20 de fevereiro de 2008
Hit the road.
O único ponto de referência? - Apenas a dor aguda de saber o que já não tem.
Caminha, sem saber onde está ou como foi ali parar.
E descobriu a delícia de caminhar, somente caminhar.
14 de fevereiro de 2008
Sem ressentimentos, recordo, e prossigo neste filme em que as personagens se transformam, em que os protagonistas não permanecem, em que até mesmo os cenários se alteram. Deixei de querer parar naquela cena de que nunca me esquecerei. Deixei de estar agarrada ao botão pause. A história deste filme está apenas no início, e de nada vale pensar se o final será feliz ou não.
Agora, procuro absorver cada cena, cada diálogo, cada pormenor visual com o máximo de atenção, registando-os na minha mente, aproveitando a delícia de cada momento. As personagens, mesmo que actuem apenas por breves momentos, serão sempre importantes, sempre recordadas pela importância que tiveram nesta história. Quanto aos protagonistas, esses são os que fazem deste filme um clássico, participando nesta história com todo o seu amor, amizade e estabilidade.
Qual é a história que não tem mudanças, altos e baixos, momentos de alegrias, desgostos, encontros e perdas? Seja o final feliz, trágico ou até algo entre ambos, são estes momentos de emoções fortes que dão sabor à história. São eles que forçam cada personagem a adaptar-se às circunstâncias e a aprender a ser felizes, novamente, sem medos.
Mais uma cena. Respiro fundo, e play...
6 de fevereiro de 2008
O fim de (mais) um ciclo?
1 de fevereiro de 2008
Não quero ser «demais»...
Procuro um sentimento que me complete, uma felicidade que perdure e não apenas um riso fugaz.
Perco-me pelo caminho. Encontros e desencontros, desilusões e arrependimentos.
Uma e outra vez, preciso de sentir-me segura de que não estou a mais, de que é com eles que quero estar, de que eles se sentem bem comigo. Não preciso que mo digam. Apenas quero ser parte integrante de uma amizade sem segredos, sem o mau-estar de ser tratada como um anexo, como alguém inútil nas conversas mais profundas, nos temas e preocupações mais importantes.
Não quero ser demais.
Não quero ser a-que-só-serve-para-de-vez-em-quando, mas acima de tudo não gosto de estar com quem não confia em mim para desabafar, com quem segreda entre si como se eu não estivesse presente... Como é desagradável ter de fingir que não se está lá!
Por isso tento, e tento outra vez, ser completa se não estiver com eles, conseguir estar sem eles, estando com aqueles que estão mesmo lá e a quem, porventura, há uns tempos não dei valor.
E, apesar de por vezes me ir abaixo, apesar de serem inevitáveis alguns tempos de solidão, os momentos que passo com uns e outros, amigos temporários ou eternos, têm sido tão bons que só posso estar feliz com esta mudança que impus a mim mesma.
Mudar é preciso, corrigir o que sabemos que está errado há muito tempo mas que implica decisões que, na verdade, não queremos tomar. Mas quando sabemos que é o melhor para nós... apercebemo-nos, com o tempo, de que ficamos mais fortes, completos, felizes.
[não vou obrigá-los a ter-me sempre com eles, porque os adoro. non-sense? ...]
25 de janeiro de 2008
I am Sam
É uma história, no mínimo, comovente, que se passa ao som do grupo musical preferido de Sam (Sean Penn), The Beatles. A sua filha não se chama Lucy por acaso. Aliás, o seu nome é Lucy Diamond - tal como «Lucy in the Sky with Diamonds».
Sinceramente, não tenho a intenção de contar a história. O filme fala por si.
Aqui estão duas das minhas passagens preferidas:Lucy: Daddy, did God made for you to be like this or was it an accident?
Sam: Ok, what do you mean?
Lucy: I mean you're different.
Sam: But what do you mean?
Lucy: You're not like other daddies.
Sam: I'm sorry. I'm sorry. Yeah, I'm sorry.
Lucy: It's ok, daddy. It's ok. Don't be sorry. I'm lucky. Nobody else's daddy ever comes to the park.
Sam: Yeah! Yeah! Yeah, we are lucky. Aren't we lucky? Yeah!~
Rita: Can you grasp the concept of manipulating the truth... not lying, just a little tweak here and there?
Sam: [thinks for a few seconds] No.
20 de janeiro de 2008
Welcome to existence!
15 de janeiro de 2008
"Always reach for the moon, cause even if you miss you'll land among the stars."
Com um pé na terra e outro no céu.
É assim que gosto de viver, entre o real e o imaginário, entre a máscara social e a obscura autenticidade de uma sonhadora. Para o bem e para o mal, sem tirar nem pôr, assim sou e provavelmente nunca mudarei…
Talvez o sonho seja uma das coisas mais importantes na nossa vida. Talvez o sonho nos mova para agirmos conforme o que imaginamos ser ideal para nós próprios. Talvez esse seja um ideal inalcançável...
Sem esperar atingir a Lua, podemos atirar-nos às estrelas, e nessa altura talvez possamos ter a sensação inexplicável de que fomos quase perfeitos, do quão perto estivemos de tocá-la. De facto, esse é o máximo que podemos alcançar - como vêem, tenho um pé sempre assente cá em baixo.
Porque não hei-de fazer pontaria para a Lua e ter a oportunidade de estar a um passo dela? E porque não realizar todos os cálculos astronómicos possíveis para estar a um dedo dela, e contemplá-la no seu esplendor de "fruto proibido"?
Por agora, apenas coloco um dedo à frente do nariz e fecho um olho, para que esse círculo branco se aproxime de mim sem sair do lugar onde pertence.
Não vou esperar que o Peter Pan entre pela minha janela e me leve a flutuar pelo céu, mas aqui onde estou, procurarei ser o que posso, e ser o que quero.12 de janeiro de 2008
Maravilhoso Tormento
Quero-O... quero aquele sentimento maior que nos arrebata, que nos consome.
Desejo a obsessão que é sentir Aquilo por alguém, esse alguém que é todo o meu universo, tudo o que vejo e sou e quero ao meu lado.
Senti-l'O é tudo o que nos preenche: é a pincelada que não completa o quadro, mas que o torna uma obra-prima imperfeita. A imperfeição desse mesmo quadro - ou sentimento - é o que faz dos Seus pequenos traços algo inesquecível, inexplicável, um maravilhoso tormento.
10 de janeiro de 2008
~Passing Stranger~
See the sign up ahead, it calls out your name
It's a meaningful sign but it makes no sense
They saw you pass on through with only one shoe
And mystified mind with an angel for a guide
There's a destiny song that's meant for me
But I'm weary of the soles of my innocent feet
Like a single site you know it's all you've got
So be sure to aim true with your eyes on full view
There's nobody you can accuse
The mirror reflects upon truth and from inside I feel bruised
The mask that I wear is unsure
Unable to find a known cure so I hide forever more
I'm a passing stranger with a name I can't remember
I am going blind from the dust in my eyes
But the ground back home seems so far away
And I'm coughing up my lungs, but I know I've gotta stay
I'm moving slow with nowere to go
I stumble on a sign "One Mile to Dine"
It takes a little time and I'm barely alive
But I make it nonetheless with a shortage of breath
The coffee you poured me is cold
The paper I'm reading is old
And that smile is not your own
The clothes that I wear are soaked through
I'm all out of luck for you
And there's a million things I can't do
Can't do, can't do
Something strangely familiar about the way I am
I'm sitting next to the man with the unsteady hands
He says, "How are you, son, where you been all week?"
I recognize his voice even in my sleep
Lord only know is what I got up to
Maybe it's best for me if I just found my shoes
And confirm my suspicions for heaven's sake
And pick up my trail from my front gate
There's nobody you can accuse
The mirror portrays a bold truth
And from inside it's what you do
Start digging around and you'll find
Missing for years your own life
You're better off trying not to hide
Not to hide, trying not to hide.
Scott Matthews
7 de janeiro de 2008
"Rio das Flores"
Dois irmãos que nascem em Portugal amam-se profundamente, acabando afinal por seguir caminhos opostos, por acreditar em valores antagónicos.
Por um lado, um vive para a terra onde nasceu e aprendeu a amar as tradições, sobrepondo à liberdade a ordem e disciplina. Já outro nasce com uma inquietação constante que o leva a querer mudar tudo à sua volta, trocando pela sua pátria a terra onde encontrou o conforto da liberdade - o ar que respira.
No fundo, cada um destes irmãos procura, à sua maneira, um caminho para a felicidade, segundo os seus valores e prioridades. No fundo, nenhum deles é perfeito e nenhum deles pode ser julgado pela procura do seu horizonte, nem sempre com as melhores escolhas pelo caminho. Pode apenas dizer-se que, por terem lutado por aquilo em que acreditavam, sem se acomodarem ao conforto da sua classe social, puderam alcançar uma felicidade tranquila e genuína.
Penso que não importa saber porque duas pessoas com a mesma educação nascem com ideais tão diferentes. E será útil tentar encontrar razões para a existência de pessoas à nossa volta que são tão diferentes de nós na forma como pensam? Sim, por vezes, certos pontos de vista são para alguns inaceitáveis e para outros um ideal de vida.
Mas não será mais importante que cada um defenda aquilo a que dá mais valor - seja o amor, o trabalho, a família ou uma ideologia -, sem se afundar no desânimo nem deixar de aprender para alcançar os seus sonhos?
Quanto àqueles que, por motivos inexplicáveis, optam por fechar os olhos à sua própria humanidade e reprimir os que pensam de uma forma diferente, só posso concluir que estão irremediavelmente desligados do tempo e espaço em que vivem.
Vamos deixar voar aqueles que querem o céu?
When she's down and troubled and she needs a helping hand...
She cares about her friends,
and hopes that they don't forget who she is...
But some of them just keep disapointing her.
Some old friends, once "friends for life",
are now like passing strangers,
and worse, some of them are acting like her enemies - "Enemies??"
She thought she would never have to use that word...
She fears that this frightening word, Enemy,
might be, one day, part of her daily vocabulary,
And she trembles with that awful feeling.
The main question in this tricky matter is:
This girl just wants to be happy,
enjoying every moment with the people she loves,
to cherish and hold on tight to one second of laughter
with someone who loves her.
In her mind and her own fantasy world,
this is the beautiful simplicity of friendship...
And who are they to take away her dreams?
Who are they to destroy this (utopic?) need
to feel safe and secure with them,
to be sure
that she's never going to be let down
by someone she cared about so much?
The one thing that is sure for her
is that not everyone of them are gone.
Some people, that unexpectedly she ended up loving so much
are still there, not always, not in presence.
But when they're there, they're hers and hers only.
And she smiles because she knows they're watching her, wherever they are.
=)
5 de janeiro de 2008
Painting
"Composição n. 218", 1919
Wassily Kandinsky (1866-1944)
Para Kandinsky, as "Composições" eram o expoente máximo da pintura, por reunirem elementos tanto das "Impressões" como das "Improvisações", as outras duas categorias que este pintor atribuiu às suas obras a partir de um dado momento da sua carreira.
As Composições representavam para Kandinsky o culminar da sua visão artística, tal como as sinfonias para um compositor. Segundo ele, uma pintura era considerada uma Abstracção desde que tivesse "alma". A função suprema da Arte deveria ser a expressão do Divino, e esta ideia poderia ser melhor representada quando a "forma" se separasse da "matéria".
Tal como eu, Kandinsky era fascinado pela cor, e para além da sua obra artística, admiro-o como grande teórico da arte que foi. A relação que encontrou entre a pintura e a música é tão simples e tão verdadeira:
«a cor é o teclado, os olhos é o martelo, a alma é o piano com as cordas.»
3 de janeiro de 2008
Talvez não valha a pena!
Não sei... e pronto.
Sei que devia saber como fazê-lo, mas não sei e nunca soube. Sempre me deu "dores de barriga" quando discuti com alguém, e sempre tentei evitá-lo ao máximo. Por vezes, de tanto tentar evitar o confronto com alguém com quem tinha problemas, ainda tornava tudo mais difícil e doloroso.
Provavelmente ninguém compreende como é que isto pode a acontecer a alguém que já tem 17 anos e de cada vez que quer dizer o que sente e o que acha estar certo ou errado pensa milhões de vezes na melhor maneira de o fazer... Na verdade, nem eu mesma percebo tudo isto e às vezes até desejava poder dizer "Vai à merda", só de vez em quando.
Porque a dor de despejar toda a frustração e raiva do momento no outro é com certeza menor do que a dor de tentar colocar tudo numa gaveta até que já não se aguenta toda a carga acumulada. Oh, se é muito mais fácil e saudável...
Enfim, peço desculpa por não gostar de conflitos, de rivalidades, de intrigas, de boatos, de infantilidades, de amuos, de discussões, etc, etc, etc. E reconheço que por vezes estas coisas permitem que estejamos mais preparados para a competição exacerbada que teremos de enfrentar dentro de pouco tempo. bah, só esta expressão dá-me voltas ao estômago.
Talvez até toda a vida seja um conflito permanente e uma montanha-russa de obstáculos que nem sempre podemos ultrapassar sem algumas feridas.
Essa deve ser uma das aprendizagens mais importantes que terei de fazer. Talvez não valha a pena exterminar uma data de neurónios para tentar evitar uma discussão, e engolir, e remoer tudo aqui dentro, até ser atacada sem razão aparente. Talvez não valha a pena tanto martírio!
Life, oh life! turututu...
2 de janeiro de 2008
Os dias cinzentos têm destas coisas...
Dias como este despertam em mim algumas mágoas que pareciam já não existir. O tempo lá fora, estranho, envolve-me e eu fico assim... sensível, triste, esquisita.
Quando tomo coragem e vou lá fora para fumar um cigarro, procuro proteger-me do vento forte que me despenteia os cabelos. Ao mesmo tempo, envolvida numa manta como num casulo, desejo que o vento leve com ele o meu desconforto, as minhas memórias, que parecem tão reais neste dia. E fecho os olhos, tentando que também a chuva contribua para alguma paz de espírito, para um mínimo de descanso mental.
Mas tal é impossível, porque não se podem mudar os dias cinzentos... e a esperança de que amanhã poderá ser um dia melhor, menos cinzento e mais caloroso, conforta-me um pouco.
É esperar por amanhã, talvez.
Isto que pensei lembra-me um excerto de uma música de Mafalda Veiga:
"A noite vem, às vezes, tão perdida
E quase nada parece bater certo
Há qualquer coisa em nós inquieta e ferida
E tudo o que era fundo fica perto.
Nem sempre o chao da alma é seguro
Nem sempre o tempo cura qualquer dor
E o sabor a fim do mar que vem do escuro
É tanta vezes o que resta do calor."